JOÃO
FERREIRA LEITE, nasceu em Apodi a 25 de
Fevereiro de 1878. Bem moço ainda passou a residir em Mossoró onde atuou na
loja comercial de seu irmão Salustiano Ferreira Leite (Apodi 07.06.1866/Mossoró
07.12.1900), a quem o substituiu por morte, continuando com a mesma razão
social SALULEITE. Era filho legítimo de Simplício da Costa Leite e de Maria
Joaquina da Conceição, que passou a assinar-se como Joaquina Ferreira Leite, e
que era irmã do Coronel Antonio Ferreira Pinto.
Casou
em Mossoró a 10 de Novembro de 1902 com CRISTINA VERAS LEITE, filha do Coronel
Manuel Martins Veras, rico fazendeiro e chefe político em Campo Grande-RN. João
Leite teve destacada atuação na Praça comercial mossoroense, tendo sido eleito
várias vezes Vereador em Mossoró. Faleceu em Mossoró a 05 de Março de 1949. Era
sogro do Dr. Paulo Câmara, irmão do Interventor Federal/Governador Mário
Câmara, que dirigiu o executivo potiguar no período 1933-1935.
Foi
um dos ferrenhos adversários dos governadores José Augusto Bezerra de Medeiros
e Juvenal Lamartine. Era tio paterno de Luis Ferreira Leite, mentor da morte do
Coronel Francisco Pinto. Por sua influência junto ao irmão do seu genro Paulo
Câmara o então governador/Interventor Mário Câmara, conseguiu a nomeação do
sobrinho Luís Leite para Prefeito de Apodi em Julho de 1933, tendo o mesmo
tomado posse a 24.07.1933.
Quando
ocorreu o assassinato do Coronel Francisco Pinto o Luís Leite era o então
Prefeito de Apodi, sendo certo que diante todas as evidências de que fora o
autor intelectual do hediondo crime, recebeu em Apodi a visita do então
governador/Interventor Mário Câmara, passado um mês e três dias, oferendo um
lauto almoço, tendo sido objeto de repulsa do povo Apodiense, que viu como uma
afronta à Lei o fato do governador vir pessoalmente prestar apoio ao Luís
Leite, que era primo legítimo da esposa de Paulo Câmara.
Diante
o repúdio da imprensa estadual, Luís Leite foi demitido do cargo de Prefeito de
Apodi a 16.07.1934, tendo passado o cargo para o Tenente Abílio Campos a
17.07.1934, dois meses e 12 dias após o assassinato político do grande líder
Apodiense.
Fonte: Marcos Pinto - historiador apodiense